quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Todos vamos envelhecer, tomara com saúde!

         


          De uns tempos para cá vem diminuindo a taxa de natalidade e, com isso, a população está envelhecendo. De acordo com estimativas divulgadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística),  o número de idosos deve aumentar. Por volta do ano de 2050, haverá no Brasil cerca de 73 idosos para 100 crianças.  A tendência é que a expectativa de vida para 2050 suba para 81 anos aproximadamente.

          Segundo o Doutor Leonardo Ferreira Forte, algumas doenças estão associadas com a maior idade como: Infarto, angina, AVC, Diabetes Mellitus, Enfisema Pulmonar e Bronquite Crônica, Mal de Alzheimer e outras demências. Entre estas estão perda da audição, Doença Cardíaca Hipertensiva, Pneumonia, Osteoartrose,  Catarata. A maioria destas doenças pode ser prevenidas e/ou adiada com um estilo de vida saudável e tratamentos adequados.

          O processo de envelhecimento evidencia mudanças nos níveis antropométrico, neuromuscular ,cardiovascular, pulmonar, neural, além da diminuição de agilidade, coordenação, equilíbrio, flexibilidade, mobilidade articular e aumento na rigidez de cartilagem, tendões e ligamentos. Com estas mudanças associadas ao baixo nível de dependência funcional, torna-se importante ao idoso uma prescrição de exercícios físicos mais direcionada a suas reais necessidades, aumentando a efetividade do programa e reduzindo os riscos.

          Um dos prejuízos mais importante é o declínio funcional composto pela diminuição da força muscular, resistência aeróbica, equilíbrio e coordenação.

          Um estudo feito em um hospital público geriátrico mostrou que depois de dez dias de descanso uma pessoa idosa saudável pode perder de 12-14% do seu VO2 max. e da força muscular nos membros inferiores. Além disso, o poder do músculo esquelético diminui mais rapidamente do que a força muscular com a idade avançada e também é fortemente associada com os resultados funcionais e capacidade funcional em idosos em risco de deficiência. Ao nível muscular, a utilização reduzida está associada com a perda miofibrilar de proteínas,atrofia muscular e controle deficiente do recrutamento de neurônios motores ao nível clínico, o uso muscular reduzido está associado a diminuição da coordenação, força muscular, potência, capacidade aeróbica, equilíbrio e tolerância ao exercício.As consequências geralmente se estendem ao longo do tempo e podem produzir efeitos a longo prazo.

          Mais uma consequência da idade avançada, não citada acima, é a síndrome da fragilidade que é caracterizada pela diminuição da reserva funcional e resistência a fatores de stress para diferentes sistemas fisiológicos. Estando esta fortemente associada a sarcopenia trazendo risco aos idosos especialmente pela a invalidez, hospitalização e morte induzida por queda.

          Sarcopenia é um dos principais problemas fisiopatológico subjacentes a fragilidade e resulta em uma queda grave da capacidade funcional.

          Segundo alguns autores, o processo de sarcopenia começa aproximadamente a partir dos 50 anos de idade. Quando indivíduos idosos são subentidos a um programa de treinamento de força, os efeitos deletérios do envelhecimento são contrabalançados, sugerindo que grande parte dos mecanismos relacionados a sarcopenia são decorrentes do sedentarismo.
   
          Força muscular esquelética e força em pessoas idosas são importantes para a realização das atividades da vida de desempenho diário, tais como levantar de uma cadeira,caminhar e subir escadas, e para reduzir a incidência de caídas.A capacidade funcional no idoso frágil pode ser melhorada através exercícios de resistência, tal como 30% da carga máxima em sessões mais frequentes e mais longas.

          Um programa de exercícios multicomponente incluindo treinamento de força e potência, exercícios de equilíbrio e treino de marcha pode ser uma grande arma para reduzir as quedas e melhorar a capacidade funcional e a qualidade de vida de idosos.

          Após um programa de treinamento, combinado verificou-se melhora na incidência de quedas em 22-55%;melhora na habilidade da marcha em 4-50%, melhora no equilíbrio em 4-50% e melhora na força em 6-60%.

          Portanto, o papel do Educador Físico torna-se cada vez mais importante para que uma boa qualidade de vida seja alcançada nestas idades avançadas!


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